GUERRA DE GRAFIAS, CONFLITO DE ELITES

GUERRA DE GRAFIAS, CONFLITO DE ELITES. CONFLITO DE ELITES

Editorial:
ATRAVES
Año de edición:
Materia
LENGUAS
ISBN:
978-84-87305-49-8
Páginas:
324
Encuadernación:
Rústica
Colección:
ATRAVES
Disponibilidad:
Disponible en 5 días

20,00 €

Que é o galego? Quem fala esta língua? Nos 70/90 conformaram-se os grupos que lutam pola hegemonia social e política na hora de responder estas peguntas: o reintegracionismo e o autonomismo.

O livro repassa o jogo glotopolítico (políticas da língua) que levaram a que uma das duas estratégias, a autonomista, alcançasse o estatuto da oficialidade bem como as relações com os detentores do poder político.

O autor, além da sua condição de licenciado e doutor em Filologia Hispânica, é poeta em exercício e destacado investigador em sociolinguística, especialmente na problemática de planificação linguística e da normalização do galego. Uma visita à pt.wikipedia permite poupar apresentações. Mário Herrero, é além do mais, bem conhecido nos círculos profissionais e interessados nestas questões.

Confessa o autor na Nota Prévia que abre o livro que a necessidade sentida de ganhar a vida e a obrigada constatação de não haver lugar para ele na Universidade galega conduziram-no a habilitar-se como tradutor juramentado de português, profissão que exerce agora para o Ministério de Assuntos Exteriores. Finaliza o livro com umas Mínimas Considerações de carácter atual sobre a questão ortográfica do galego que não têm que perder, como tampouco tem a Nota Prévia.

O livro tem toda a densidade que da sua procedência doutoral e uma amplíssima bibliografia de interesse certo para os especialistas na questão ortográfica e na briga normalizadora.

Não é preciso contudo ter um doutoramento em filologia nem leituras demoradas na matéria para abordar o livro e gostar dele. Além de doutor, de investigador dedicado e de participante em foros e palestras, o autor é um polemista destemido que se atreve a exercitar as virtudes do pensamento incondicionado sem a couraça cautelar que atravanca o nosso âmbito cultural.

Superado o mínimo obstáculo que acarreta a procedência académica da obra, o livro pode ser gostado como o que no fundo é: um manifesto cultural de conteúdo científico mas de intenção e vocação intervencionista. Quer dizer, de pedagogia social, desrespeitosa das interdições implícitas que pretendem coutar o debate.

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